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Alvor, excerto 32
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Encontra-se Encontram-se às vezes dois,
três, e passa-se semanas sem se ver nenhum pinga-azeite, que anda sempre aí a apanhar o peixinho do rio.
É um passarinho azul, muito bonito.
Acho que Ele, até, parece-me que não tem rabo.
, [pausa] O pássaro que se vê além sem rabo é aquele.
[pausa] Há o maçarico-real
e há o maçarico-marreco, o maçarico pequeno. [pausa]
[pausa] E há um passarinho, [pausa] também no rio, que chama-se o ganso.
[pausa] O ganso é preto e branco.
[pausa] E há as garças-reais que vêm dessas ribeiras grandes,
vêm fazer, vêm fa- vêm fazer o o período do tempo cá ao nosso rio a mariscar.
É quase do tamanho É do tamanho de perus ou mai- maiores.
É a garça-real que vem aí dessas ribeiras aí da monda do arroz,
vêm a Alvor – este é o rio de Alvor – a apanhar marisco [pausa] e comerem os caranguejos e outras várias coisas.
E não há ordem de apanhá-las.
Aí das ribeiras, apanha toda a qualidade de espécie, toda a qualidade de bicharada.
E aqui vêm passear o período do tempo;
de Verão, vêm sempre aqui.
[pausa] E enfim nas ribeiras há vários.
Há [vocalização] o bicho nas ribeiras de água doce que é comparado ao cágado, é comparado [vocalização] à tartaruga e ao cágado.
Ali para cima do Vidigal.
[pausa] porque eu ainda não vi, mas há.
Comem peixe, tendo só do peixe…
O lontro [pausa] diz que é uma espécie dum canito pequeno, muito gordo.
Às vezes a gente nas valas vê aí os buracos, que só saem de noite. [pausa] Já temos apanhado.
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