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Alvor, excerto 42

LocationAlvor (Portimão, Faro)
SubjectO terreno; configuração e constituição
Informant(s) Ápio Apúlio
SurveyALEPG
Survey year1977
Interviewer(s)José Sobral Gabriela Vitorino
TranscriptionSandra Pereira
RevisionMaria Lobo
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationCatarina Magro
LemmatizationDiana Reis

Text: -


[1]
INF1 A lama?
[2]
A gente chama lama ou nateiro, [pausa] quando chove.
[3]
INF2 É um nateiro.
[4]
Quando chove faz um nateiro.
[5]
INF1 Nateiro.
[6]
E o nateiro vai a lama.
[7]
INF2 Um lameiro.
[8]
INF1 Um lameiro, pois, ou um atoleiro.
[9]
A gente chama aqui um atoleiro.
[10]
INF2 Ou um atoleiro.
[11]
A gente chama-se aqui um atoleiro, que atola.
[12]
INF1 Um atoleiro.
[13]
INF1 Ah, o solveiro.
[14]
[pausa] O solveiro.
[15]
A gente chama o solveiro.
[16]
Que às vezes lama muito fofa, muito frouxa e a gente chama um solveiro:
[17]
"Olhe , qua- quase que me solve sorve".
[18]
INF2 Aqui na Aqui na [vocalização] na Penina, havia ali [pausa] um solveiro ali, muito grande.
[19]
INF1 Um solveiro, pois.
[20]
INF2 Era uma fonte
[21]
INF2 [vocalização] e via-se a água nascer
[22]
A gente jogava uma pedra,
[23]
[pausa] para o fundo é que ia.
[24]
Para cima não vinha, porque com a força da água
[25]
INF1 Porque tinha o solveiro.
[26]
INF2 Para o fundo é que ia,
[27]
para ci- para baixo não vinha,
[28]
para cima não vinha.
[29]
Sim senhora.
[30]
INF2 Diz que caiu dizem, que eu não não conheci , caiu uma vaca nesse sítio e assim que se afundou e nunca mais a viu.
[31]
INF1 São solveiros,
[32]
são solveiros.

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