Representação em frases
Alvor, excerto 49
Texto: -
INF1 A minha avó era muito reinadia.
[pausa] E então, no tempo de Carnaval, o que pensou ela?
[pausa] Em ir [vocalização] pegar num desses caldeirões – sabe o que é? – de barro, que faziam [vocalização] a comida.
E então pega no caldeirão
[pausa] e vai jogar à porta duma duma vizinha.
Nessa casa morava [pausa] diziam que era uma bruxa.
[vocalização] E a minha avó: "Do que joga o caldeirão?
Do que joga o caldeirão"?
É os cacos que se levantam atrás dela.
A minha avó a correr e os cacos atrás.
caiu morta com o susto que teve.
[pausa] Contava a minha avó
[pausa] e a gente acreditava, coitada.
Naquele tempo, já há anos.
diziam que era aquela pessoa que era bruxa, aquela mulher que era bruxa.
Daquela vez, jogou os cacos.
INF1 Pois diziam que era…
Diziam a pessoa que isto – aquela que foi jogar-lhe os cacos – que era bruxa.
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