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Alvor, excerto 49

LocationAlvor (Portimão, Faro)
SubjectNão aplicável
Informant(s) Assunção Aspásia
SurveyALEPG
Survey year1977
TranscriptionSandra Pereira
RevisionMaria Lobo
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationCatarina Magro
LemmatizationDiana Reis

Text: -


[1]
INF1 A minha avó era muito reinadia.
[2]
[pausa] E então, no tempo de Carnaval, o que pensou ela?
[3]
[pausa] Em ir [vocalização] pegar num desses caldeirões sabe o que é? de barro, que faziam [vocalização] a comida.
[4]
E então pega no caldeirão
[5]
[pausa] e vai jogar à porta duma duma vizinha.
[6]
Jogou.
[7]
Nessa casa morava [pausa] diziam que era uma bruxa.
[8]
[vocalização] E a minha avó: "Do que joga o caldeirão?
[9]
Do que joga o caldeirão"?
[10]
É os cacos que se levantam atrás dela.
[11]
A minha avó a correr e os cacos atrás.
[12]
Chega a casa,
[13]
caiu morta com o susto que teve.
[14]
[pausa] Contava a minha avó
[15]
[pausa] e a gente acreditava, coitada.
[16]
Naquele tempo, anos.
[17]
Oh, está a ver, isto
[18]
INF2 Era então,
[19]
diziam que era aquela pessoa que era bruxa, aquela mulher que era bruxa.
[20]
Daquela vez, jogou os cacos.
[21]
INF1 Pois diziam que era
[22]
Diziam a pessoa que isto aquela que foi jogar-lhe os cacos que era bruxa.

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