Representação em frases
Cabeço de Vide, excerto 12
Texto: -
INF Eu depois abalei de lá
Dessa vez que eu fiz essa mudança, fui para a Câmara.
[pausa] Um dia entra entro lá dentro do do pátio
"Senhor Anfidemos, [vocalização] venho-lhe aqui fazer uma procura".
No fim duns dias já depois de aquilo estar tudo nascido.
[vocalização] "Que tal está a sementeira do Almo"?
– Que era essa herdadola –.
"Que tal está a sementeira do Almo?
Que tal está lá o trigo"?
está bom para me fazer jeito ou está mesmo de verdade bom"?
"Então e diga-me uma coisa:
e então a alpista no Terracha"?
"A alpista no Terracha, que tal está a alpista"?
[vocalização] "Está boa".
"Mas está boa para me fazer jeito [pausa] ou está de verdade mesmo boa"?
e digo-lhe aqui digo eu aqui assim:
"Ouça lá, senhor Anfidemos,
você lembra-se daquilo que lhe eu disse ali?
Que os patrões dão cabo da sementeira e depois os trabalhadores é que ficam com a carga?
Se eu fizesse como você queria…
Se ela está boa, então não ficava boa de certeza"!
ora, eu via muito bem o que ia fazer.
Mas quando o vento me dava de costas, eu fazia assim
e abria [pausa] a semente à minha vontade.
Mas quando o vento me dava de caras – aquilo era uma semente leve –,
não podia ser eu levar elevar essa largura,
porque eu na- a semente não alcançava a largura que eu que eu queria.
E então [pausa] levava a largura que eu via que podia alcançar – por causa do vento.
De maneiras que o homem não f-…
Ah, e quando eu acabei de dizer aquilo, ele diz assim:
O que você está a dizer eu já estava à espera que você dissesse isso".
Então se você estava à espera era porque você via que efectivamente que era verdade o que lhe eu tinha dito".
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