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Cabeço de Vide, excerto 33

LocationCabeço de Vide (Fronteira, Portalegre)
SubjectA oliveira, a azeitona e o azeite
Informant(s) André
SurveyALEPG
Survey year1994
Interviewer(s)João Saramago
TranscriptionSandra Pereira
RevisionMaria Lobo
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationMélanie Pereira
LemmatizationDiana Reis

Text: -

[1]
INF Como é que se apanhava?
[2]
[vocalização] Havia várias maneiras:
[3]
ripava-se.
[4]
Há quem ripe.
[5]
Há tantos processos de apanhar a azeitona!
[6]
INF [vocalização] A p- A pessoa, às vezes, quer apanhar uma mão-cheia de azeitona,
[7]
abre um guarda-chuva,
[8]
pendura
[9]
e arriba para dentro do guarda-chuva.
[10]
INF As outras maneiras é [vocalização] [vocalização] :
[11]
estende uns panos no chão, se os tem,
[12]
[pausa] e ripa, ou vareja, para cima dos panos.
[13]
Mas se vareja, há muita que vai lá [pausa] para longe.
[14]
Essa desaparece.
[15]
Se não tem panos, [vocalização] bate para o chão e depois apanha.
[16]
INF Com uma vara.
[17]
[pausa] Ou que fosse de oliveira ou que, ou [vocalização] ou que fosse com um varejão – com um varejão! –,
[18]
porque isso era então uma vara grande de [vocalização] de castanho.
[19]
Mas isso já se não vê.
[20]
Agora o que se vê por aí é canas-da-Índia.

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