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Cabeço de Vide, excerto 42

LocationCabeço de Vide (Fronteira, Portalegre)
SubjectA agricultura
Informant(s) André
SurveyALEPG
Survey year1994
Interviewer(s)João Saramago Luísa Segura da Cruz
TranscriptionSandra Pereira
RevisionMaria Lobo
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationMélanie Pereira
LemmatizationDiana Reis

Text: -


[1]
INF [vocalização] Bem, aqui uma coisa que a gente
[2]
[vocalização] Eu até não sei explicar
[3]
INF isso que vocemecê está a dizer.
[4]
Tenho ouvido falar
[5]
mas não sei explicar.
[6]
INF Mas, mas Mas aqui
[7]
e na minha casa , [pausa] rocas para colher fruta.
[8]
INF Para colher fruta.
[9]
INF É feita duma cana.
[10]
INF Ali [pausa] Ali em baixo, tenho eu ali naquele casão,
[11]
tenho ali.
[12]
INF Tenho ali três ou quatro.
[13]
INF [vocalização] Olhe [pausa] eu nunca vi ninguém colher laranjas com rocas.
[14]
[pausa] Porque a roca [pausa] a colher a laranja
[15]
Porque a colher qualquer fruta, a gente mete a fruta dentro
[16]
e torce.
[17]
Mas a laranja não pode ser.
[18]
INF Não, não.
[19]
Assim esgarra.
[20]
Então, isso era o que usavam ali no lar.
[21]
Era [vocalização] uma coisa com um gancho.
[22]
E, e, e E agora ali, quando foram os primeiros anos, não faltou eu tirar-lhe os ramalhos secos, esgarrados assim dessas condições.
[23]
A roca [pausa] colhe muito bem a fruta
[24]
[pausa] mas há-de-se pôr a gente a direito, o mais direito que possa, [pausa] com o ramo de aonde está a fruta
[25]
[pausa] e a empurrar para .
[26]
[pausa] Nem Não é a puxar para .
[27]
Quem puxar para , ela fica .
[28]
É a empurrar assim a direito com o ramo.

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