Representação em frases

Cabeço de Vide, excerto 58

LocalidadeCabeço de Vide (Fronteira, Portalegre)
AssuntoO porco e a matança
Informante(s) André

Texto: -

[1]
INF Chamasse?…
[2]
INF Bofes.
[3]
Então, [pausa] pois era, então.
[4]
Era os bofes do porco.
[5]
INF Pois, também, também, também.
[6]
Também era [vocalização] metido juntamente como a outra carne.
[7]
Porque [vocalização] aquilo, [pausa] às vezes, sim, há uma carne que vai sempre apartada para aquela intenção.
[8]
Mas, muitas vezes, carne mesmo que costuma ir noutras
[9]
coisas, metem-nas e depois o tempero é que faz aquilo.
[10]
Porque [vocalização] os chouriços têm um tempero;
[11]
[vocalização] as cacholeiras têm outro tempero;
[12]
os mouros têm outro tempero.
[13]
Têm um tempero assim diferente;
[14]
mas, mais ou menos, quase imitante.
[15]
Porque a gente depois vai comer
[16]
, [pausa] e [pausa] não dizemos que tem tudo o mesmo gosto.
[17]
Não.
[18]
Cada uma coisa tem o seu gosto.
[19]
Mas [vocalização] eu [pausa] era uma das carnes que eu…
[20]
Eu gostava da carne toda.
[21]
Do porco, gostava.
[22]
Era da carne que eu mais gostava
[23]
que é a que eu não posso comer agora.
[24]
[vocalização] Mas não não se pode dizer [pausa] que [vocalização] que a carne que havia carne de porco que era ruim.
[25]
Eu achava-a toda boa
[26]
mas a que eu gostava mais era das cacholeiras.

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