Representação em frases

Cedros, excerto 14

LocalidadeCedros (Horta, Horta)
AssuntoO porco e a matança
Informante(s) Joana

Texto: -

[1]
INF Ah, havia alguém que punha em gordura.
[2]
Mas não,
[3]
comia-se a morcela fresca.
[4]
Até porque muita gente vendia muita morcela
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e que não ficava com muita morcela em casa.
[6]
Mas comiam a morcela fresca, posta…
[7]
Porque conservavam-na no fumeiro.
[8]
INF Ficava Quando a tiravam, conservavam-na ele ao la- naquele pau que penduravam a linguiça,
[9]
lá tinham também os as morcelas penduradas.
[10]
Mas que [vocalização] [pausa] o que ficava dentro da banha era o sarapatel.
[11]
INF Era só o sarapatel.
[12]
INF O pau da é o pau da da linguiça.
[13]
INF Não.
[14]
Pau da linguiça que é co-.
[15]
Eu tenho, por exemplo, um pau que –
[16]
sei lá! –
[17]
eu lembro-me de ter um pau toda a minha vida, até talvez vinte cinco ou trinta anos.
[18]
Depois ele partiu
[19]
e [vocalização] e a partir daí tenho outra vez um pau com mais de vinte anos.
[20]
É sempre o mesmo pau que se pendura a linguiça.
[21]
Quando se tira a linguiça, arruma-se o pau para o outro ano ir buscar.
[22]
É sempre no mesmo pau.

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