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Cedros, excerto 15
Text: -
Era costume era na véspera de matar não lhe dar comer nenhum.
INF Na véspera de matar não se deitava nada
que era para ter menos que despejar as as tripas.
[vocalização] O tratar O tratar dos porcos, pois, já se vê, havia pessoas mais abastadas,
havia pessoas menos abastadas,
havia pessoas que tinham muita dificuldade porque mal cultivavam milho para comer.
[vocalização] Os porcos o que é que comiam?
Comiam as lavaduras de casa.
[vocalização] Depois de te- haver essas fábricas, [pausa] muita gente ia buscar uma coisinha de soro,
mas não era esta avalanche de soro que se usa hoje.
Até que quando foi fundada a cooperativa, as pesso-, [vocalização] passavam juntavam o leite da parte da manhã
e da parte da tarde distribuíam o soro pelas pelas portas, pelas casas dos sócios.
[vocalização] Até que era interessante:
a carroça guinchava nas ladeiras,
e os porcos estavam no curral
e ouviam guinchar a carroça
e já começavam a gritar ele com o sentido no soro.
Ele gostavam muito do soro.
Mas não usavam soro nos por- nos porcos como agora.
E até que quando era o porco do Natal, nem gostavam de deitar soro aos porcos,
que diziam que aquilo que não fazia bom conduto.
Portanto, tratava-se os porcos com as lavaduras de casa, [pausa] batata branca miúda, partida, quando tinha.
E então toda a gente cultivava um bocado de terra de batata-doce,
que era a batata-doce para engordar o porco.
INF A beterraba, usa-se beterraba aqui há muito poucos anos.
[pausa] E pouca gente usa beterraba.
[vocalização] Aqui a beterraba não é uma coi- não é uma cultura que seja muito vulgar.
[vocalização] Pois havia pessoas que deitavam meio alqueire de milho aos porcos para para o Natal – quem tinha dois porcos,
mas uma quarta era normal.
Mas também havia muitos que deitavam só um punhadinho porque não podiam deitar mais.
Porque lhe ia fazer falta [vocalização] para para pão.
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