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Cedros, excerto 21
Text: -
É o primei- É o que é mais miúdo.
Pode não ser o primeiro na postura nem da nem da vida.
É o que é mais miudinho [pausa] é que é uma freima.
INF E até há uma superstição – que eu não sabia,
há pessoas que têm superstição com essa freima:
que se aparece uma freima no seu galinheiro, vão ter um azar,
Eu então nunca isso nem nunca tinha ouvido.
E até há algumas que nem tem gema.
Só tem aquela manchazinha de clara
INF Antigamente não se não se fazia.
Habituámos Habitua-se as galinhas a não ter ovo no, no no ninho
[pausa] e elas põem à mesma.
não se podia ter o [vocalização] ninho sem ter uma o indês – não é?
Porque quando eu era pequena lembro-me,
Tinha que se deixar o indês para a galinha.
Até havia pessoas que era um ovo muito velho, que ficava para lá muito tempo.
Outras era [vocalização] sempre dum dia para o outro, para ficar sempre o ovo fresco.
INF E antigamente Estava a chocar ele os ov- os pintos.
INF Até antigamente – ele aqui há [vocalização] trinta anos para trás –, ninguém criava galinhas presas,
a galinha era uma ave solta.
E a galinha solta, pois, ia para onde queria
E [vocalização] E muitas vezes, se andava a galinha solta, andava o galo solto,
pois os pin- elas caíam no choco.
INF E vinham com muitas ninhadas de pintos.
E aqueles é que não tinham prejuízo.
A gente, às vezes, punha uma galinha no choco
e, às vezes, acabavam por não tirar pinto nenhum.
E aquelas que caíam por si…
Ele amiúd- amiúda muito a galinha
e não tem muita vantagem,
mas a vantagem de os pintos terem muito mais saúde, tem.
A galinha que caía por si no choco era a p-…
"Achei uma galinha no choco com tantos ovos"!
E ficavam para lá por sua conta
e ela só vinha quando tinha os pintos tirados,
é que vinha com as suas ninhadas de pintos.
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