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Cedros, excerto 55
Text: -
INF [vocalização] Cantava-se muito na no dia de debulhar o trigo.
No, a, o, a A comida do dia do de debulhar o trigo era outra vez a galinha, sopa da galinha e, e [vocalização] .
Praticamente, as pessoas mais, os homens O meu pai usava sempre uma dedeira.
[vocalização] Havia quem punha de corti- de coiro,
mas o meu pai tinha uma uma dedeira [pausa] dum chifre duma vaca, [vocalização] descolado, pois, sem a parte de dentro,
e aquela parte de fora é que ele punha no dedo para para ceifar.
INF Talvez alguém mas [vocalização] que talvez que fizesse.
Mas não é uma coisa então que eu me recorde, que esteja agora em mente.
INF Era uma mão de trigo.
[vocalização] Havia pessoa Porque havia pessoas que lhe rendia uns muito mais do que os outros a [vocalização] [pausa] a ceifar.
Portanto, eles iam pondo aquilo num carreiro
e nós íamos atrás a [vocalização], a [vocalização] a amarrar, a amarrar o trigo.
Depois de o trigo estar amarrado, em molhos, carreava-se para o monte,
e eram os homens que faziam os relheiros.
Mas ainda depois ia-se respigar a terra, [pausa] juntar aquelas espigas, aqueles pés de trigo, que por acaso tivessem ficado espalhados e escangalhados pela terra.
E então isso fazia-se já num, num monte e [vocalização] [pausa] numa mão
e já não era tão amarrado tão bem arranjado como os molhos de vime.
Era mais como num embrulhado.
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