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Cedros, excerto 59
Text: -
INF Dos sacos de linho, que eram tecidos no tear.
O trigo, se se viesse da eira frio, ficava nos sacos;
INF se chegasse quente, era posto a lastro no chão, no chão das casas, [vocalização] nos quartos às vezes das camas.
era até ser assoalhado e ser joeirado.
Porque as pessoas normalmente vendiam o que lhe restava.
INF Ele a pessoa ia vender o trigo para os celeiros, para a cidade
A gente dizia: "Ficou a nossa ração".
Confor- Era o trigo para o, para o para o Espírito
Santo e era as misturas para o milho, para para o pão de milho.
Porque quando se moía em casa – [vocalização] o pão para casa; nas atafonas de moer em casa, nas vacas –, tinha-se uma latinha, que era a medida da mistura para o pão.
E moía-se aquela aquela latinha de milho de trigo junto com o milho com o milho.
[vocalização] Por exemplo, a gente moí- ainda temos o barril que se arrumava o trigo.
Arrumava-se doze alqueires de trigo para o ano.
Era um balaio Era um barril de Brasil, madeira de Brasil.
E aquele mi- aquele trigo era assoalhado, crivado [pausa] e depois posto na [vocalização] no barril.
Depois quando se queria usar…
O que era para moer para para a mistura não era escolhido;
quando se queria moer para para cozer massa ou para cozer bolacha…
Só se cozia bolachas duas vezes por ano:
era no fim do mês de Outubro, [pausa] no fim dos serões do mês de Outubro para se fazer a merenda –
e fazia-se café ou ou chá, para se dar no último dia –;
e fazia-se pelas noites de cantar,
[pausa] é que se faziam as bolachas para para se ir ouvir cantar os ranchos.
INF E fazia-se massa sovada pela festa do Espírito Santo.
Algumas pessoas, mas poucas, faziam também por Páscoa,
O que era normal depois as casas fazerem era pelo Espírito Santo e pelo São João, os bolos de São João.
Portanto, as pessoas dividiam os seus as suas raçõezinhas de trigo conforme podiam;
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