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Ribeira Seca, excerto 1
Text: -
INF A água [pausa] lá atrás, no princípio, tem um…
Hoje está tapado com cimento
porque [vocalização] a portinhola é uma tábua uma porta de madeira.
E eu como isto não estar a moer, tapei com cimento.
Está a feição, uma vez que queiram moer, [pausa] eu esmigalhar aquilo.
E [vocalização] E depois eu botava a água lá só que queria.
Ele embora que a ribeira estivesse grande, a gente botava só a que queria.
Depois já aqui mais abaixo tem a divisão: umas portinholas então mais pequenas – uma para cada moinho.
A gente se quiser moer com os dois, bota primeiro um a moer
e [vocalização] vem-no regular.
Assim que ele está encaminhado, vai outra vez então botar o outro a moer.
e botará as coisas à feição,
e bota o outro moinho a moer.
[vocalização] Mas regula ali a água
que, às vezes, um moinho leva mais água de que o outro.
E [vocalização] a gente ali nas portinholas é que regula a água.
Deixa vir só a água que quer para um e para o outro.
INF A primeira portinhola, vem vem tudo na mesma calha.
E depois cá em baixo tem então [vocalização] é t- ali um tapãozinho de pedra
e e é conforme há as duas calhas, uma para cada moinho.
INF Uma Uma então quase que se via ali,
mas está ali umas coisas…
INF Ela es-, es-, ela não Tem [vocalização] uma parte que é em pedra;
depois aqui mais perto do moinho tem um bocadinho que é em madeira.
INF E a parte A parte da madeira, aquilo chamava-se setia.
INF E daí é que a água que saía da da parte que era já madeira é que batia ali naquela coisa que que chamam as penas do moinho.
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