Representação em frases
Ribeira Seca, excerto 8
Texto: -
INF1 Ali no Pois tem ali a [vocalização]…
A gente, até aquela barba –
mas aquelas barbinhas que havia ali, a minha mãe guardava sempre
porque aquilo dizia que era bom para quando tinham dor na bexiga.
INF2 As maçarocas As maçarocas vermelhas diz que era melhor.
INF1 E o sabugo da maçaroca vermelha, a gente também…
[vocalização] A minha mãe gostava gostava de guardar e [vocalização] e botar…
Quando a gente tinha tosse, botava [vocalização] brasas de faia-da-índia –
é duma outra faia que há.
INF2 Isso é qualquer coisa de bruxedo.
INF1 Botava [vocalização] o sabugo a arder ali
e da cinza do sabugo daquela – não era bem a cinza –,
quando aquilo estava em brasa, ela botava-lhe água a ferver,
e dava à gente para a gente beber,
INF2 Ah, pois isso Então vou-me embora
que isso aí já é coisa de feitiçaria.
INF1 Então esta senhora O que esta senhora vai-se rir!
INF1 Pois eu mesmo que ele que ele esteja, não havia de ficar velha, está vendo?
Ele é que parece mais novo,
porque eu estou muito doente!
Não parece, porque a doença não aparece.
INF2 Eu, não se sabe Não se sabe qual é o que está pior.
Não se sabe qual é o que está pior.
INF1 Mas eu ando muito mal do fígado e dos intestinos.
E estou cheia de diabetes.
INF2 Eu não sofro tantas dores,
mas eu mas posso estar pior de que ela.
INF1 Mas, quer dizer, eu não eu não sou pessoa muito cramazela.
Eu quando cramar, a coisa está apertada.
O senhor tem as mãos bem quentes!
mas é [pausa] bem quentes à minha vista.
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