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Ribeira Seca, excerto 20

LocationRibeira Seca (Calheta, Angra do Heroísmo)
SubjectAs alfaias agrícolas
Informant(s) Heraclides
SurveyALEPG
Survey year1995
Interviewer(s)Gabriela Vitorino
TranscriptionSandra Pereira
RevisionAna Maria Martins
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationMélanie Pereira
LemmatizationDiana Reis

Text: -


[1]
INF Ela Ela pode estar meio esbugalhada
[2]
INF porque [vocalização] o carro, quando foi do abalo, em 1980, o carro estava ali donde a gente esteve ontem à abrigada,
[3]
e aquela parede caiu.
[4]
Caiu em cima do carro.
[5]
Mas calhou a que tinha a seve
[6]
que era quando carreava estrume ou maçarocas de milho,
[7]
[vocalização] estava primeiro num
[8]
Primeiro fincavam os paus na parede
[9]
e é que ficava mais altinho.
[10]
E aquilo veio primeiro
[11]
e depois as pedras caíram em cima daquilo,
[12]
ele sempre não partiram o carro.
[13]
Mas Mas ali a tábua como é que sofreu então uma coisinha.
[14]
INF A seve, [vocalização] era engata- ele tinha modo de engatar no [vocalização] nos fogueiros
[15]
e [vocalização] depois tinha atrás um um modo de tapar.
[16]
INF Sebetes.
[17]
Chamava-se sebete.
[18]
INF Era engatado no cabo de trás da sebe, aqui, no cabo de trás.
[19]
A gente quando queria descarregar o estrume, ou o [vocalização] milho [vocalização] milho em maçaroca ,
[20]
INF quando vinha das terras a gente tirava-o
[21]
e e ia puxando-o [vocalização].
[22]
Depois engatava o o cabeçalho por meio da da canga dos bois,
[23]
e empilhava o carro
[24]
e aquilo descarregava tudo duma vez.

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