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Covo, excerto 4

LocalidadeCovo (Vale de Cambra, Aveiro)
AssuntoNão aplicável
Informante(s) Arquibaldo

Text: -


[1]
INF Ah!
[2]
São Pedro do Sul é longe!
[3]
INF E olhe que eu fui muita vez a mais o meu pai comprar o o, o a gente chama os porcos àqueles que são os próprios para matar , ir alá ia-os comprar e vir a de alá para aqui.
[4]
INF É.
[5]
Vínham- Vínhamos dentro da água a tocar aquilo
[6]
Ai senhor!
[7]
Olhe que uma vez, de Manhouce
[8]
Escureceu-nos em Manhouce
[9]
e apon- e apontou-nos o sol ainda ali abaixo em Açude.
[10]
Passámos a noite toda naquela baixa, ali a tocar
[11]
INF ?
[12]
lobos,
[13]
.
[14]
lobos.
[15]
INF Não, homem.
[16]
Eu, medo, não.
[17]
Eu não tenho medo nenhum dos lobos.
[18]
INF Não.
[19]
INF Eu Eu também caço.
[20]
Sou caçador.
[21]
INF Também caço.
[22]
Ainda este ano que vai, comprei uma arma ao meu sobrinho, ao professor cento e trinta contos!
[23]
O meu f-
[24]
INF Não.
[25]
Olhe, tirei tirei a a [vocalização] licença geral, para ir ao Alentejo para ir aonde [vocalização] aonde ele for.
[26]
INF E [vocalização] não fui.
[27]
saí saí um dia,
[28]
andei ainda um bocadito
[29]
e [vocalização] matei um coelho, mais nada.
[30]
Não tenho vagar.
[31]
Não tenho vagar de sair.
[32]
Não tenho vagar.
[33]
Muito, muito trabalho!

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