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Covo, excerto 4

LocationCovo (Vale de Cambra, Aveiro)
SubjectNão aplicável
Informant(s) Arquibaldo
SurveyALEPG
Survey year1992
Interviewer(s)Luísa Segura da Cruz Gabriela Vitorino
TranscriptionSandra Pereira
RevisionAna Maria Martins
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationMélanie Pereira
LemmatizationDiana Reis

Text: -


[1]
INF Ah!
[2]
São Pedro do Sul é longe!
[3]
INF E olhe que eu fui muita vez a mais o meu pai comprar o o, o a gente chama os porcos àqueles que são os próprios para matar , ir alá ia-os comprar e vir a de alá para aqui.
[4]
INF É.
[5]
Vínham- Vínhamos dentro da água a tocar aquilo
[6]
Ai senhor!
[7]
Olhe que uma vez, de Manhouce
[8]
Escureceu-nos em Manhouce
[9]
e apon- e apontou-nos o sol ainda ali abaixo em Açude.
[10]
Passámos a noite toda naquela baixa, ali a tocar
[11]
INF ?
[12]
lobos,
[13]
.
[14]
lobos.
[15]
INF Não, homem.
[16]
Eu, medo, não.
[17]
Eu não tenho medo nenhum dos lobos.
[18]
INF Não.
[19]
INF Eu Eu também caço.
[20]
Sou caçador.
[21]
INF Também caço.
[22]
Ainda este ano que vai, comprei uma arma ao meu sobrinho, ao professor cento e trinta contos!
[23]
O meu f-
[24]
INF Não.
[25]
Olhe, tirei tirei a a [vocalização] licença geral, para ir ao Alentejo para ir aonde [vocalização] aonde ele for.
[26]
INF E [vocalização] não fui.
[27]
saí saí um dia,
[28]
andei ainda um bocadito
[29]
e [vocalização] matei um coelho, mais nada.
[30]
Não tenho vagar.
[31]
Não tenho vagar de sair.
[32]
Não tenho vagar.
[33]
Muito, muito trabalho!

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