Representação em frases
Covo, excerto 7
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INF Ele vem aí um senhor aqui vender roupas –
[pausa] é lá de de Vilar Formoso.
Até fica, em vindo, sempre em minha casa.
Mas como ele começou por aí a andar a a vender roupas, mantas, cobertores e [vocalização]…
E depois, um dia à noite, chega aí, mais a mulher e dois fi- e dois miuditos,
e di- pediu para lhe dar de se lhe dávamos bebida comida – mas que dormiam no carro, mas se lhe dávamos comida –, se se lhe vendíamos pão e [vocalização] batatas e vinho.
Foi [vocalização] lá a minha nora
levou-lhe carne – um bocado de carne –,
levou-lhe [vocalização] uma garrafa de vinho.
e a gente: "Não pagas nada disso"!
Coitado de quem anda por fora das casas deles.
Quem anda por fora das casas deles –
Porque eu já sei o que é isso.
Ora bem, o homem [vocalização], o homem agora começou a andar por aí sempre.
Agora, fica sempre na em nossa casa.
Ainda quando foi agora que eu ma- [vocalização] que matei os porcos – que eu tinha matado os porcos há dois dias –, ele chega aí
e eu disse: "Ó homem, olhe, vem numa altura boa!
Nós, a sarrabulhada foi ontem,
Ora, comeram e beberam o que eles quiseram.
INF A gente tem muito disso.
É quando matam os porcos.
INF Novembro, fim de Novembro, princípio de Dezembro…
E agora, eu mato três então,
e mato dois agora para o mês que vem.
INF Mato agora dois para as para as haver.
Agora para a, [vocalização] para a para as sementeiras, vou meto muita gente de fora.
INF Há que dar dar comida,
porque aqui esta carne antiga, [vocalização] que é de salgadeira – que eu tenho arca…
mas também gosto da carne do sal.
Até, pelo contrário, no princi- no princípio não,
mas depois para o resto até é melhor que a outra.
INF Porque a outra é fresca de mais.
Na arca, fica até fresca de mais.
E a gente para comer a carne da arca, sabe o que lhe a gente faz? – lá a minha nora e nós!
[vocalização] Vamos dizer – suponhamos – tira [pausa] uns bocados de carne,
porque tem aquilo em sacas até na arca,
aí uns dois ou três dias, ou quatro ou cinco, e ela ganha sal.
E depois então é que a gente [pausa] come dali, [pausa] daquela.
Mato sempre cinco, seis porcos, durante o ano.
INF [vocalização] Em Novembro mato três e um,
e depois quando for aí para Agosto, conforme o tempo que der…
Eu não compro porcos grandes!
INF Boto-lhe o leite das vacas,
boto-lhe farinha – [vocalização] aquela farinha centeia, que é o que eles medram – com uma escuma.
E eu boto-lhe farinha cen-…
É a coisa que lhes faz melhor aos porcos!
INF Faz aos pequeninos, assim, assim no leite.
Não tenho porcas para criar, não.
INF [vocalização] Não tenho…
não é por ter muito trabalho;
não temos tempo, para lidar com aquilo.
E eu compro-os a tirar do leite,
compro-os assim pequeninos
INF E é E é a carne melhor que tem, é é criados em casa.
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