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Covo, excerto 16

LocationCovo (Vale de Cambra, Aveiro)
SubjectNão aplicável
Informant(s) Arquibaldo
SurveyALEPG
Survey year1992
Interviewer(s)Luísa Segura da Cruz Gabriela Vitorino
TranscriptionSandra Pereira
RevisionAna Maria Martins
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationMélanie Pereira
LemmatizationDiana Reis

Text: -


[1]
INF Olhe que o Salazar no tempo que eu estava em Lisboa ,
[2]
o Salazar [vocalização] eu trabalhava na CUF e depois ele pagou pagou à companhia , pagou um dia para a gente vir ao Terreiro do Paço a um comício,
[3]
INF um que ele fez.
[4]
E sabe o que ele disse?
[5]
Em cada, quem traba-, que, os Cada fabrico levava uma bandeira.
[6]
E eu calhou-me a levar a levar-lhe a bandeira do sulfato de cobre.
[7]
E depois [vocalização], ele veio à varanda
[8]
e disse: "Povo, trabalhai
[9]
que eu também trabalho".
[10]
O Salazar!
[11]
"E se vocês puder remediar sem tra-, sem sem trabalhar, sem agricultura, fazeis bem.
[12]
Mas se vocês logo se virem naufragados, agarrai-vos à terra".
[13]
INF está.
[14]
, [pausa] Isto um dia, você lembre-se que não é no meu tempo,
[15]
porque eu [pausa] eu estou no fim da vida ,
[16]
mas um dia as senhoras ainda hão-de ver que o povo ainda se há-de agarrar à terra
[17]
ou há-de morrer de fome.

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