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Covo, excerto 29
Text: -
INF1 Ah, hoje é tudo em serração,
mas naquele tempo era tudo à mão.
INF1 E eu mais o meu pai –
eu era pequenino, mais ou menos como este,
mas nunca mais me esqueceu –,
e o meu pai foi a pôr um moinho [pausa] de água que nós temos lá em baixo.
um saco de milho, e eu também levei um bocadito – o que eu podia! –,
e depois o meu pai era muito amigo com eles
esse [vocalização] ele o Atalarico começou para o meu pai: "Ó Astrigildo" – onde estava o velho do Atamante, aquele, o tal que eu vos já falei que tinha uns livros muito bons…
INF1 Também lá estava esse homem.
E estavam lá todos a conversar,
e ele andavam lá a serrar – a serrar madeira para esteios para a vinha!
E depois diz ele assim: "Ó Astrigildo" – para o meu pai –,
Vocês porque é que não prantam videiras aqui"?
"Ai, aqui não dá", dizia o sogro desta –
porque este, o sogro desta, tinha muitas quintas.
Tinha em Santa Cruz uma grande quinta.
Tinha no Toutuço ali [vocalização] em Arouca também uma grande quinta.
INF1 Tinha em Souto Redondo.
INF2 Tinha em Souto Redondo.
INF1 Tinha, naquele tempo ainda tinha, em Padruça.
Tinha o [vocalização] o coisa, o…
Os castanheiros acolá no [pausa] no Espinheiro [vocalização].
Como se chamava essa senhora lá ?
Um qua- Mas lavrava lá um quartel de milho.
INF3 Está o senhor Berto?
INF1 Em Provezende vocês lavravam lá um quartel de milho.
Ó senhor Atalarico, aqui não dá".
Olha que aqui dava vinho bom.
Vocês sendes uns burros"!
O meu pai e os outros começavam [pausa] ele a botar tudo abaixo aos homens.
Mas agora eu gostava que esses homens ainda fossem fosse vivos.
INF1 Para ver o vinho e agora…
INF1 O An-, o pai da O homem da Branca, o teu cunhado, [pausa] o Atanásio, não andava a pôr videiras?
INF1 Tu não sabes como é?
INF2 E ele fazia mangação.
" [vocalização] Eh, Arquibaldo, tu ainda um dia há-des lavrar pipas de vinho".
Ele agora havia de ser vivo
que eu [vocalização] dizia-lhe se eu tinha pipas ou não tinha pipas.
Tudo vai do trabalhar e do zelar.
INF2 E então e ele amadurece aqui que é uma beleza!
INF2 Aquilo são como açúcar!
INF2 Como quem come açúcar!
E então é um vinhinho que não tem remédio, não tem nada.
INF2 Se quiser, [vocalização] quem for doente pode-o beber!
É só Ele é só da videira!
[vocalização] É próprio de…
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