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Covo, excerto 37
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INF1 Eu vou-lhe explicar.
[vocalização] ele estava o cort- o cortiço cheio de abelhas
e a gente vê se elas estão em termos de dar enxame.
Bate, bate, bate assim noutro
e põe um cortiço quase sem nada.
[vocalização] Gabriela e o cortiço está ali assim;
e a gente põe aquilo no chão, o outro,
com a boca encostada um ao outro, e começa a bater no que tem as abelhas:
tumba, tumba, tumba, tumba, e as abelhas começam a correr para o cortiço sem nada.
Quando elas estão para dar mestra!
INF1 E vai lá para dentro
e a gente tira-a daquele sítio
e vai levá-la para longe…
INF1 se for todas, elas ga- elas ganham uma corrente para para o mesmo.
E a gente mo- muda-as – como eu tenho-as aqui em baixo, naquela quinta que temos em baixo –,
e muda-as para onde não possam…
Nós tivemo-las mais para baixo, para a quinta que eu disse.
e elas começam a trabalhar
e fi- e fica ali o coiso.
INF1 Portanto, eu não sei dizer se é a macho ou se é a fêmea.
Sei dizer que a gente diz que é uma mestra,
porque se fosse duas podia ser macho ou fêmea.
E a gente, quando, às vezes, bate, bate e passam as abelhas e não vê passar a mestra, não a vê passar para o outro cortiço,
Com um lenço preto, desses das mulheres usarem na cabeça ou um pano qualquer preto, ponho-o no chão, da, da da que eu bati [vocalização] à colmeia para lá, sim, da- daquelas que foram as abelhas,
INF1 volto-a com a boca para baixo,
e se ela tiver mestra, põe assim umas coisinhas,
uns ovinhos, compridinhos, umas coisinhas, e a gente toca-lhe
e aquilo saem tudo em água.
Eu chamo aquilo varejar, [pausa] sabe?
Se ela tiver tiver mestra, larga aqueles ovitos;
se ele não tiver mestra, não larga nada.
Se puser aqueles ovinhos, é varejar;
se não puser aqueles ovinhos, já não vareja.
INF1 Se tiver mestra, vareja;
se não tiver mestra, não vareja.
INF1 E a gente, se tiver mestra, pronto!, já pode tirá-lo embora,
se não tiver mestra, que não tenha mestra lá, já não já aquilo mal anda.
Já pode levá- deixá-las lá estar
que que no pa- no prazo daí de um quarto de hora elas passam todas outra vez para a mãe.
E se for enxame é o o que se tira.
INF1 Se não, elas fogem logo, logo, imediatamente.
INF1 Aparece um [vocalização] um enxame fora, na terra ou ou numa árvore ou em qualquer sítio,
já tenho agarrado muitos desses.
E a gente vai em torno das abelhas,
INF1 Porque se não tiver a estiver a mestra, ele não fogem foge.
INF1 A mestra é a que, se for preciso, foge…
Porque tendo estando mais que uma mestra num cortiço, ele não se dão.
INF1 Uma tem que sair com as abelhas.
Se o dono lá vai e bate-as [pausa] e tira-lhe a mestra, pronto, ela não foge.
Se o me- o dono – o dono ou uma pessoa qualquer – não vá lá tirá-las, elas [pausa] saem – com licença –,
fogem com qualquer [vocalização] punhado de abelhas.
Fogem e saem estes pequeninos que a senhora está a acabar de dizer.
INF1 E os outros são enxames bons.
A gente o que chama ele um enxame [pausa] grande é assim com um cortiço quase cheio de abelhas.
INF1 E as abelhas só duram, ou dizem que duram…
Não duram mais que dois a três meses.
INF1 Porque a abelha, durante aquele tempo, ela cria-se.
E depois, essa doença que veio é disso:
e a e depois elas fazem uma têm criança.
nos próprios na própria cera, aquilo fica fechado
e ele ali naqueles buraquinhos cria como uns bichinhos;
e aqueles bichitos é as abelhas.
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