Representação em frases
Carrapatelo, excerto 7
Texto: -
INF Eu digo que agora sou sozinho.
não tenho ninguém que puna por mim.
Tenho Sei lá o que é que eu hei-de fazer?!
Se eles não sabem nada ao pé de mim!
INF Então eu conheço isso.
Mas eu é que não posso falar diante deles.
Porque eles só falam pelo lado do torto.
E põem-se feitos doutores;
parte deles não sabem uma letra sequer ao menos!
É verdade que sei poucas.
Mas estas poucachinhas que sei ainda são aproveitadas,
que eu eu é que escrevo as minhas coisas, não é verdade?
INF É por isso que ainda são aproveitadas.
Tem vindo muita gente aqui à minha casa aproveitar essas letras mal feitas que eu faço.
[pausa] Vomecês não sabem,
mas há aí muito quem saiba.
Eu há mais de trinta anos que ensino gente a cantar – a cantar cantes feitos por mim e versos.
Virem aqui grupos de pessoas a aprender a cantar cantes feitos por mim!
e eles saírem por essas terras, cantando e dançando aquilo que lhe eu ensino!
Olhe que isto é o é mais certo que aquele sol que nos alumia.
INF Se eu sou capaz de dizer isso publicamente aí no meio dessas ruas,
que ninguém me pode desmentir.
"Tu dizes que a Primavera em tempo assim era,
INF Isso foi um um grupo que eu ensinei a cantar.
INF Uma vez ensinei também um grupo…
e lembra-me então o estribilho.
E fo- foram dançar isso e cantar por essas terras.
Por acaso, só me lembra um verso, que é o primeiro:
"Rapaz, já falastes tarde".
[pausa] Ah, o estribilho é assim:
e cantemos as nossas lindas cantigas,
é assim que nós podemos entreter as raparigas.
que ti- que fique tudo contente,
porque nós gostamos delas e elas gostam da gente".
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