Representação em frases
Vila do Corvo, excerto 30
Texto: -
INF Outra vez ele estava apastorando os porcos numa terra,
Os homens costumavam – eu já falei aqui – acartar terra às costas para a para as terras deles produzirem alguma coisa.
As mulheres iam de casa levar comida aos homens, ao meio-dia.
A comida era quase sempre couves e toucinho ou a comida que os homens.
Porque ninguém levava só a comida que eles comiam,
Davam agora essa comida a pequenos agora que encontravam no caminho, com fome.
Era no caminho lá das terras lá para cima.
Esse homem [pausa] estava lá apastorando os porcos,
e veio-se [vocalização] para o caminho deitar lá nu- [vocalização] numa escada para [vocalização] pensando que elas que lhe haviam de dar a comida.
"Não, a gente não vos dá que a gente levamos muita pressa e vocês não têm pratos para vos deitar a comida".
No outro dia foram correr [vocalização] os matos – [vocalização] a gente chama-lhe hortinhas, que têm inhames –, apanhar ele copas de inhames para elas lhe deitarem as couves nas copas de inhame para comerem.
Ele dizia que ti- tinha muita fome!
Falava nisto muitas vezes, e em coisas assim que ele contava agora.
E também o pai do Felício também ele contava que também tinha tido muita fome, [pausa] também.
Agora minha avó era mais velha do que ele.
Minha avó dizia que fome de pão que nunca tinha tido, que o pai que vendia muito milho. [pausa]
INF Nos Moinhos tinham muita fome.
Trabalhavam muito com muita fome.
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