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Vila do Corvo, excerto 56

LocalidadeVila do Corvo (Corvo, Horta)
AssuntoA agricultura
Informante(s) Feliciano Germana

Text: -


[1]
INF1 Em Agosto ele Ah, mas em Agosto ele em cima não se apanha nada.
[2]
INF1 O feijão é em Setembro.
[3]
INF1 Setembro,
[4]
ou Agosto, ou fim de Agosto, princípio de Setembro, mas [vocalização] em Agosto pouco.
[5]
INF1 Pouco.
[6]
Mas, no Verão, se mesmo no fim de Agosto.
[7]
INF1 Ele quando era semeado cedo, semeado em Maio, quando era de de meado de Agosto por diante, nalguns lugares, se estava maduro.
[8]
Mas agora semeia-se mais tarde,
[9]
[pausa] em Agosto chega pouco.
[10]
INF1 É quase sempre em Setembro.
[11]
E agora [vocalização] em Setembro ele chega o o tremoço em cima,
[12]
chega o feijão, a batata.
[13]
INF2 Está tudo a vagar em baixo.
[14]
INF1 Aqui em baixo é o milho, em Setembro.
[15]
[vocalização] [pausa] Em Junho apanha-se a batata.
[16]
Em Junho, Julho, se tira a batata da terra porque está madura semeada mais cedo!
[17]
Quando havia trigo, era debulhado em Julho trigo, centeio, cevada.
[18]
Mas ele pou- pouco disso se cultiva agora.
[19]
INF1 E [vocalização] E o milho.
[20]
INF1 Também Também [pausa] semeava-se centeio.
[21]
INF1 Centeio naquelas terras de do, do do Pico João de Moura, da Baleia.
[22]
INF1 Essas terras daí, também semeavam de centeio.
[23]
Mas ele ninguém semeia.
[24]
Essas terras, está tu- em tempos, essas terras no Pico João de Moura, Baleias, eram [vocalização] muitas delas cultivadas com [vocalização] centeio.
[25]
[vocalização] Quando elas não queriam produzir o centeio, era giesta.
[26]
INF1 Mas as giestas agora não queriam produzir,
[27]
azougavam.
[28]
[pausa] Agora têm tudo a relva.
[29]
Ele estão essas terras tudo todas a pasto.

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