Representação em frases
Vila do Corvo, excerto 59
Texto: -
Agora tínhamos tínhamos agora isto diferente de todo o mundo:
as terras acolá, lá para cima, quando já não queriam produzir, nós íamos com os bois e os carros;
ia-se buscar agora terra [pausa] [vocalização] longe.
Longe [vocalização] A terra é pequena, mas [vocalização] lugares aí levar o dia para se ir buscar dez carradinhas de terra!
Já viram os nossos carrinhos de bois aqui?
INF Levar o dia para se ir buscar dez carradinhas de te-, de, de daqueles carrinhos, dez vezes, de terra, para [pausa] de acolá para aqui para para a terra produzir!
E outras onde onde tinha a terra era mais [vocalização] mais possante, que tinha terra dentro de si, era com estevas a fazer covas na na terra e a ir para o fundo.
Covas muito [pausa] [vocalização] mais altas e mais profundas do que daqui da, da do telhado para baixo.
Porque a terra, ele mais do do fundo vinha, melhor era!
Tinha diferentes [vocalização] qualidades de terra
e aquilo tudo tudo caldeado uma na outra é que [vocalização] é que era bom.
Quando a terra não queria produzir, e nós fazíamos isso:
íamos buscar terra fora para para a terra [vocalização] poder produzir.
De maneira que elas produziam sempre.
INF O que fustigava aqui era o vento.
INF Em anos que havia vento em Agosto e Setembro, destruía [pausa] dava mau caminho a tudo.
[vocalização] Os milhos ficavam ficavam a nada.
Agora quando não havia vento, que o tempo ajudava, a terra produzia bem de tudo.
Produzia milho, trigo, centeio, batata, abóbora.
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