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Castro Laboreiro, excerto 19

LocationCastro Laboreiro (Melgaço, Viana do Castelo)
SubjectAs aves
Informant(s) Alarico Albertina
SurveyALEPG
Survey year1989
Interviewer(s)Manuela Barros Ferreira
TranscriptionSandra Pereira
RevisionMaria Lobo
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationCatarina Magro
LemmatizationDiana Reis

Text: -


[1]
INF1 Havia.
[2]
[pausa] Havia como , em todo o lado
[3]
Isso é:
[4]
tanto faz aqui como em qualquer serra,
[5]
umas pedrinhas, umas pedrinhas delgadas, [pausa] não é?
[6]
E [vocalização] depois, com uns pauzinhos com uns pauzinhos, fazia-se uma engenhoca, não é?
[7]
E punha-se [vocalização] uma isquinha qualquer, dentro, não é?
[8]
E eles iam
[9]
e tocavam no pauzinho, como o tipo da ratoeira, não é?
[10]
Mas era, era, era Eu ainda cacei co-, com assim com aquela engenhoca que eu fazia;
[11]
pois ensinaram-me, e como a mim mais, que se caçavam, então, assim [vocalização] certos pássaros.
[12]
INF1 Uma ratoeira [vocalização].
[13]
Naquele tempo, era uma ratoeira, nossa.
[14]
INF2 Nesses sítios Nuns sítios chamavam a uma lousa, homem.
[15]
INF1 ?
[16]
INF2 A gente chamava-lhe a lousa.
[17]
INF1 Não, não.
[18]
INF2 Não?
[19]
Eu, parece que lhe davam esse nome.
[20]
INF1 Não.
[21]
INF2 Eu disso fiz pouco.
[22]
Eu disso não fiz.
[23]
INF1 Nós fazíamos aquela engenhoca com to- com uns pauzinhos.
[24]
E ao tocar no pau, aquilo fechava.
[25]
Fazia-se-lhe um buraquinho na terra.
[26]
INF2 Pois era.
[27]
Nós dávamos-lhe [vocalização]
[28]
Dizíamos assim: "Armade-lhe a lo- a lousa aos pássaros para os apanhar".
[29]
Por isso é que te eu digo que
[30]
Mas eu nunca nunca fiz.
[31]
Mas Mas [pausa] falávamos assim uns com os ou- os outros.
[32]
Mas eu nunca fiz.

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