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Castro Laboreiro, excerto 24
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Era assim uma coisa redonda.
E não… e depois não, não, depois Depois, quando era para o apagar, aterrava-se.
Deitava-se-lhe um bocado de terra.
INF1 Para que não ardesse assim…
Para que não ficasse assim…
INF2 Para que não ardesse mais.
E depois, aquilo [pausa] parava o [vocalização] lume
[pausa] e é que ficava o carvão bom.
INF1 Começava-se a apartar assim aquela…
INF2 Mas, claro [vocalização], di- queria uma certa prática.
INF1 Tu [vocalização], no teu tempo não, filha;
mas no nosso, qualquer fazia o saco de carvão ca não, ca não, ca ma- para matarmos a fome.
Claro, tu tens razão de que tu no teu tempo, já só iam [pausa] certa gente que que não sabia fazer outra coisa.
Mas, no nosso tempo, eu enchi-me de fazer sacos de carvão.
INF3 Era um desprezo ir para o carvão.
No vosso tempo, claro, já se desprezava.
Como agora, nenhuma pessoa se …
INF1 Pois sabia, ca que que a obrigava a miséria.
INF1 [vocalização] Sim senhor, sim senhor.
No teu tempo, tu tens razão, que não;
mas no nosso, [pausa] fazíamos tudo.
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