Representação em frases

Castro Laboreiro, excerto 37

LocalidadeCastro Laboreiro (Melgaço, Viana do Castelo)
AssuntoNão aplicável
Informante(s) Albertina

Texto: -


[1]
INF Eu , Até quando éramos pequenos, tínhamos-lhe medo.
[2]
Dizíamos que era uma candeia, que era uma pessoa na estantiga.
[3]
INF Uma, uma Que eram as estantigas;
[4]
era uma pessoa na estantiga.
[5]
INF Falava-se nisso.
[6]
INF E E eram o tal bichinho;
[7]
era o tal bichinho.
[8]
INF Pois, dizia-se que
[9]
Algum tempo, nós falávamos que havia estantigas.
[10]
Que havia estantigas.
[11]
Até, até se falava [pausa] Até se falava de que [vocalização], de que [vocalização] que andava de noite uma procissão
[12]
[pausa] que saía uma procissão e é que eram as almas.
[13]
Quando morria uma, uma uma pessoa, dizia-se assim: "Ah!
[14]
Ontem à noite andou a procissão".
[15]
E havia, os nossos ve- Os nossos velhos, quando nós éramos novinhos, diziam que, de- de facto, que havia aquilo.
[16]
Mas eu nunca vi.
[17]
Mas ainda se falava [pausa] nisso.
[18]
INF E essa E essa procissão é que é que era eram então as pessoas que andavam na estantiga.
[19]
Pois, eram os mortos.
[20]
Que eram os mortos.
[21]
INF [pausa] Haver, havia assim essas conversas.
[22]
[vocalização] Eu nunca vi.

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