Representação em frases
Castro Laboreiro, excerto 41
Texto: -
INF1 Quer-se dizer, ele tinha [pausa] muitas propriedades,
mas deixaram-lhas as tais que se diziam avós.
Que, naquele tempo, ninguém era raro as senhoras saber ler…
E tinha então lá uma, [pausa] uma [pausa] uma velha, que lhe chamavam Alcinda, [pausa]
e [vocalização] e já sabia ler.
INF2 E fazia à mão os os fatos das noivas.
INF1 Os fa– [vocalização] Os fatos das noivas, fazia-os ela.
INF2 Era ela é que fazia os fatos das noivas daquele tempo.
INF1 E [vocalização], e depois: [pausa] E depois, então, el- essa, eu lembra-me quando é que eu queria ir lá para os meus cunhados…
Os tais que se foram embora…
Não quiseram Não quiseram saber de mais nada.
Apareceram depois de vinte e cinco anos.
E [vocalização] E eu ia à procura deles para a brincadeira, não é?
e, na vez de ir-lhe perguntar por eles, já assim com um bocado de tal para que me ela não corresse, perguntava-lhe pela minha sogra falecida.
E então, saía-me ela à porta, com o livro na mão, como tem a senhora, às vezes, a ler com aquela idade!
Que ela tinha Ela morreu para aí de noventa anos, não Albertina?
Aparecia com o livro à porta: [pausa] "Que queres?
Aqui não há tia Aldina nem tio Aldino.
Ela bem percebia que eu que ia à procura deles.
Edit as list • Representação em texto • Representação em frases