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Castro Laboreiro, excerto 42
Text: -
INF1 Olhe, e depois, há lá lá um couto que tem o lagarto e a cobra [pausa] e tem onde a Senhora apareceu.
Que diziam os antigos que aparecera a Senhora lá, numa no meio do penedo, numa gruta.
INF1 E as meninas que passam lá, em qualquer altura do ano – ou seja no dia da festa ou no dia da ladaínha ou que vão com o gado ou que vão com a rês ou que vão com isto – que passam passem lá, atiram com a pedra.
INF2 No Maio, faz-se-lhe uma ladaínha.
INF1 E as que lhe ficar a pedra lá dentro do buraco [pausa] vão casar.
E as que não consigam meter a pedra ficam já um bocado [pausa] desgostadas porque [vocalização]…
INF2 Desgostadas porque se não casam.
INF1 Às vezes, até ainda casarão;
mas julgam que não casam.
INF2 Por causa de brincadeiras nossas.
Mas Mas há essa brincadeira.
INF1 Mas está tudo cheio de pedras.
INF2 Está o O tal buraco está cheio de pedras.
INF1 O tal buraco, que é o buraco que diz que era onde estava a santa,
[pausa] E diziam que era, então [vocalização]…
E diziam que era a cobra e o lagarto que queriam chegar lá, mas que não conseguiam.
Por milagre da santa, que não conseguira conseguiram.
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