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Castro Laboreiro, excerto 42

LocationCastro Laboreiro (Melgaço, Viana do Castelo)
SubjectA religião e as superstições
Informant(s) Albertino Albertina
SurveyALEPG
Survey year1989
Interviewer(s)Gabriela Vitorino
TranscriptionSandra Pereira
RevisionMaria Lobo
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationCatarina Magro
LemmatizationDiana Reis

Text: -


[1]
INF1 Olhe, e depois, um couto que tem o lagarto e a cobra [pausa] e tem onde a Senhora apareceu.
[2]
Que diziam os antigos que aparecera a Senhora , numa no meio do penedo, numa gruta.
[3]
INF2 um buraco.
[4]
INF1 E as meninas que passam , em qualquer altura do ano ou seja no dia da festa ou no dia da ladaínha ou que vão com o gado ou que vão com a rês ou que vão com isto que passam passem , atiram com a pedra.
[5]
INF2 No Maio, faz-se-lhe uma ladaínha.
[6]
INF1 E as que lhe ficar a pedra dentro do buraco [pausa] vão casar.
[7]
E as que não consigam meter a pedra ficam um bocado [pausa] desgostadas porque [vocalização]
[8]
INF2 Desgostadas porque se não casam.
[9]
INF1 Às vezes, até ainda casarão;
[10]
mas julgam que não casam.
[11]
INF2 Por causa de brincadeiras nossas.
[12]
Mas Mas essa brincadeira.
[13]
INF1 Mas está tudo cheio de pedras.
[14]
Pedras pequenas!
[15]
INF2 Está o O tal buraco está cheio de pedras.
[16]
INF1 O tal buraco, que é o buraco que diz que era onde estava a santa,
[17]
diziam os antigos.
[18]
[pausa] E diziam que era, então [vocalização]
[19]
Está a cobra;
[20]
está o lagarto
[21]
E diziam que era a cobra e o lagarto que queriam chegar , mas que não conseguiam.
[22]
Por milagre da santa, que não conseguira conseguiram.

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