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Castro Laboreiro, excerto 49
Text: -
INF1 Sabes, estavas boa para…
Um [vocalização] [pausa] que viera [pausa] , uns de de lá, desses outros lugares de lá, que lhe disseram aos moços daqui, [pausa] que lhe arranjassem uma cantadeira [vocalização], em condições, que queriam cantar [pausa] ao desafio.
Antes, cantavam ao desafio.
INF2 No, no Nas rondas, nos bailes.
INF1 Disseram-lhe Disseram-lhe que sim [pausa] que que podia vir, que que tinha aqui uma grande cantadeira.
Então, quem era a cantadeira?
disseram: "Vá lá ver, então,
que apareça a cantadeira".
agarraram numa cestinha com milho.
Havia um meiguinho [pausa] aqui no lugar – um burrinho meigo –, aqui n- aqui no fundo.
Era até ali mesmo no fundo.
E agarraram uma cestinha com milho
e lá iam todos para ouvir a cantadeira, então.
Chegaram à porta do burrinho eles viram co- [pausa] com a cestinha,
começou o burro a cantar lá de dentro.
INF2 Já atrapalhou o homem.
INF1 Até que, afinal de contas, a cantadeira era aquele [vocalização]…
Foi fodido ao bicho, coitado!
Outra vez, veio uma, também…
Eu vou-lhe ensinando à à vida.
INF2 O que tu vais lhe dizer?
INF1 Também, um um moço de lá – um rapaz de lá – namorava-lhe a uma rapariga daqui, destes deste lugar.
Então, diz… é É claro, queria-se fazer de grande;
mas levou outras atrás pelo focinho.
Diz-lhe ele assim Assim que chegou, cantaram.
Então, diz-lhe ele assim: "Esta noite eu vim aqui [pausa] por mandado [vocalização] dum amigo;
não penses tu, rapariga, que foi para estar contigo".
nem te dou os meus carinhos;
se me quiser divertir, tenho aqui os meus vizinhos".
INF1 Eu ouvi-as dizer assim.
Ela Ele queria-se fazer de grande.
Pensava que a rapariga que estava à espera dele,
mas ela disse-lhe como era.
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