Representação em frases

Enxara do Bispo, excerto 26

LocalidadeEnxara do Bispo (Mafra, Lisboa)
AssuntoO moinho, a farinha e a panificação
Informante(s) Borromeu

Texto: -


[1]
INF Depois O pão depois era,
[2]
por exemplos, dava-se uma hora a co-
[3]
Calculava-se uma hora a cozer,
[4]
depois a mulher abria a porta do forno quando era a meia cozedura para ver se o pão se estava a chamuscar ou não se estava com bonita cor.
[5]
Se estivesse branco ainda, fechava a bo- a boca do forno;
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se estivesse corado, deixava a porta do forno aberta.
[7]
INF E depois esperava o resto da outra meia hora da
[8]
Ah, ia
[9]
Quando é [vocalização] a abrir a primeira vez o a boca do forno, para ver se o pão estava corado, ia descasar o pão, que o pão às vezes fica casado encostado um ao outro, fica agarrado.
[10]
INF Com [vocalização] um, com um radi- um radiador de ma-, que é uma cana, com uma mocazinha dum cepo, ia ,
[11]
dava um empurrãozinho a este, um empurrãozinho àquele,
[12]
desencostava uns dos outros.
[13]
Fazia aquilo.
[14]
INF Depois aquela f- aquela ferida que estava verde ainda, que era do casamento do pão, depois ia cozer.
[15]
INF Que é o que ganhava codeca também, para o pão ficar bonito.
[16]
Depois então, via que ele estava corado,
[17]
não fechava mais o forno;
[18]
quando estava cozido, metia a ao forno e [vocalização] e ia tirar o pão do forno.
[19]
INF É o [vocalização] um radiador.
[20]
Um, um ra- Um radador, um radador.
[21]
Ah, ele dão-lhe assim um nome, ou um radador ou [vocalização] arradador.
[22]
INF Arradador.
[23]
É arradador, pois.

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