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Enxara do Bispo, excerto 44

LocationEnxara do Bispo (Mafra, Lisboa)
SubjectAs árvores
Informant(s) Borromeu
SurveyALEPG
Survey year1995
Interviewer(s)João Saramago
TranscriptionSandra Pereira
RevisionAna Maria Martins
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationCatarina Magro
LemmatizationDiana Reis

Text: -


[1]
INF espilriteiro
[2]
e o abrunheiro bravo.
[3]
INF Não.
[4]
É esse, é esse O abrunheiro bravo não tem nada com a ameixa.
[5]
Quer dizer, o a- esse nasce mesmo pelas bordas fora;
[6]
e matos e tudo, o abrunheiro bravo.
[7]
INF Tem muitos espinhos que nem se pode lhe tocar!
[8]
e d- E aquela ameixazinha miudinha, aqueles abrunhozinhos pretos.
[9]
INF Às vezes, até estão engelhadinhos,
[10]
a gente pensa que aquilo é muito bom,
[11]
vai ver
[12]
eh ! , aquilo até amarga
[13]
[pausa] Amarga?!
[14]
Trava na boca!
[15]
INF É, é, é.
[16]
É.
[17]
Também tem picos.
[18]
INF Não, não, não, não.
[19]
Esse, esse não nada.
[20]
INF O espilriteiro não nada.
[21]
INF É.
[22]
Não fruto nenhum.
[23]
INF , .
[24]
O espinheiro e o espilriteiro também, o [vocalização] e o abrunheiro bravo.
[25]
Até que outra coisa!
[26]
Vou-lhe dizer:
[27]
a gente aqui chama-lhe o abrunheiro bravo
[28]
[pausa] e também podem dar o nome ou espilriteiro bravo à mesma coisa.
[29]
INF Porque o [vocalização] o espilriteiro o flor,
[30]
[pausa] mas [vocalização] o fruto dele nunca vi.
[31]
uma florzinha,
[32]
dá-me a impressão que a fruta, a f- a flor dele vai-se embora.
[33]
INF Agora o abrunheiro bravo é que

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