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Fiscal, excerto 13
Text: -
O linho, quer-se dizer, leva muitas voltas.
Levava muitas voltas, vá.
Ora bem, por primeiro, começa-se por semear –
que é é, é [vocalização] semear um campo.
faz [vocalização] uma coisa como a erva da semente agora, que que se corta.
Depois, quando estivesse vingado, era arrancado.
Havia uma máquina, [vocalização] um ripanço – chamava-lhe a gente um ripanço –, de ripar, tirar a baganha.
Depois o [vocalização] linho atava-se em feixes,
metia-se debaixo da água,
punha-se a corar, estendido [vocalização] no chão,
Quando estivesse bem seco, era guardado.
Depois ia para o engenho, um engenho de [vocalização] já próprio, desses – chamavam engenho de de moer aquilo e ficar em linho.
Depois era feito às manadas…
Depois era assedado num ripanço…
[pausa] Depois [vocalização] de ser assedado, era fiado.
A roca, o fuso, fiava-se.
Depois [vocalização] fazia-se as meadas.
[pausa] Depois iam corar.
Depois fazia-se em novelos
Isto é, leva muita levava muita volta!
Do pano tecido, era outra vez muito bem escaldado com farinha ou cinza,
e depois ia corar até que a gente entendesse que ele que estava [pausa] mais ou menos bem à vontade da gente:
corado, ou mais trigueiro, ou mais [pausa] mais claro.
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