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Fiscal, excerto 15
Text: -
INF Esse espadelar era para que depois [pausa] ficava o fraco…
Aquilo que era fraco – chamávamos-lhe nós os tomentos, que era aquele [vocalização]
INF aquele mais fraco, que tem que tinha menos fibra e assim –, caía para o chão,
e o mais duro, a fibra boa, ficava na manada sempre, [pausa] porque aguentava-se com as espadeladas que a gente lhe dava.
INF E o que era fraco, não tinha fibra,
espadelávamos [vocalização] uma.
INF Quer-se dizer, daquela vez…
A gente tinha que botar, pôr primeiro o linho ao sol,
e dele bem quentinho, esfregávamo-lo muito esfregadinho –
até se fosse buscar duas estrigas de cada vez, metia-se uma assim entre [vocalização] os quartos para a ge- para estar quentinho –
INF chamava-lhe a gente para estar quentinho –, enquanto espadelava a outra e depois…
Depois de ele espadelado, depois ainda era outra vez.
[vocalização] metia-se ao ripanço.
Um ripanço [vocalização]…
Depois já não é uma espadela;
depois já era é um ripanço que tem uns dentinhos –
e depois o outro é o sedeiro.
INF Desculpe lá, que agora estava-me a confundir.
Ora bom, havia quem tivesse assim –
por um acaso o nosso não era assim –,
e depois metiam-no numa tábua
O nosso já era uma trave assim comprida,
e depois tinha o [vocalização] os dentes metidos na trave e pronto.
E a trave dava para prender de coluna a coluna
INF É o sedeiro, que é o mais fino.
INF Depois de espadelar, ia ao sedeiro,
tirava-se a estopa – então chamávamos-lhe nós a estopa –,
Só que é linho mesmo fino.
Depois fazia-se o linho a um lado e a estopa a outro.
Quer-se dizer, depois ao fiar, a estopa [pausa] já se tinha de fiar num fiozinho mais grossinho porque não tinha tanta fibra como o linho;
o linho quanto mais fininho a gente o pudesse fazer, mais fininho o fazia
porque isso esse aguentava-se,
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