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Costa do Lajedo, excerto 18

LocalidadeCosta do Lajedo (Lajes das Flores, Horta)
AssuntoO linho, a lã e o tear
Informante(s) América

Text: -


[1]
INF Quando fiava, não.
[2]
Eu, eu fiava Eu não botava numa ro-, nu- numa roca.
[3]
Eles depois faziam uma roca de canas.
[4]
Lascavam a cana
[5]
e metiam uma concha por dentro para ela abrir uma coisinha para fora e isso esse.
[6]
INF Concha do ca-, de- de lapas do calhau.
[7]
E, e, e E sacudiam assim a estriga do linho bem sacudida
[8]
e diam botando poucochinho, poucochinho.
[9]
Cada vez dia enrolando nisso e depois fiando outra vez.
[10]
Muitos era era cuspindo no no linho para fiarem
[11]
e diz que aquele que era mais forte do que com água.
[12]
Eu fiava com água.
[13]
Eu botava u- [vocalização] uma vasilhinha com água em cima da roda
[14]
eu fiava era na roda e não o botava em roca.
[15]
Eu punha a estriga;
[16]
sacudia-a bem sacudida
[17]
e punha-a ;
[18]
e dia puxando poucochinho, com as duas mãos, puxando poucochinho de cada vez
[19]
INF Fiava, sim senhor.
[20]
INF No fuso da roda!
[21]
INF No fuso da roda!
[22]
Olha, a roda ainda a tenho acolá
[23]
e tenho o fuso guardado.
[24]
INF É aquilo.
[25]
A roda é era aquilo.
[26]
Mas eu tenho um fuso eu tenho o fuso ali guardado porque eu também não
[27]
Para que Porque é que o houvera de ter acolá a estragar?
[28]
O fuso é a- é a obra melhor da roda,
[29]
é o fuso.
[30]
O fuso é o que mais custa a fazer.
[31]
INF Não senhor.
[32]
O fuso era
[33]
INF [vocalização] Isso era Isso era o fuso pequeno.
[34]
INF O fuso de mão.
[35]
Eu nesse não sei fiar.
[36]
INF Nunca soube fiar nem , nem nada.
[37]
Nunca soube fiar.
[38]
Era sempre na roda [pausa] é que fiava.

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