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Costa do Lajedo, excerto 18
Text: -
Eu, eu fiava Eu não botava numa ro-, nu- numa roca.
Eles depois faziam uma roca de canas.
e metiam uma concha lá por dentro para ela abrir uma coisinha para fora e isso esse.
INF Concha do ca-, de- de lapas do calhau.
E, e, e E sacudiam assim a estriga do linho bem sacudida
e diam botando poucochinho, poucochinho.
Cada vez dia enrolando nisso e depois fiando outra vez.
Muitos era era cuspindo no no linho para fiarem
e diz que aquele que era mais forte do que com água.
Eu botava u- [vocalização] uma vasilhinha com água em cima da roda –
eu fiava era na roda – e não o botava em roca.
e dia puxando poucochinho, com as duas mãos, puxando poucochinho de cada vez…
Olha, a roda ainda a tenho acolá
Mas eu tenho um fuso eu tenho o fuso ali guardado porque eu também não…
Para que Porque é que o houvera de ter acolá a estragar?
O fuso é a- é a obra melhor da roda,
O fuso é o que mais custa a fazer.
INF [vocalização] Isso era Isso era o fuso pequeno.
INF Nunca soube fiar nem lã, nem nada.
Era sempre na roda [pausa] é que fiava.
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