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Costa do Lajedo, excerto 19
Text: -
INF [vocalização] E a gente amarrava a cruz lá em cima, no cabo de cima.
Que era Que é aquela era que é que era a cruz.
E amarrava cá em baixo onde voltava para trás.
E tirava-se da urdideira, começando por cima, pela cruz de cima.
Tirava-se aquilo para fora
e 'dia-se' encadeando, encadeando, encadeando até chegar cá abaixo.
E para botar no tear era por esse de cá de baixo.
Tinha Tinha um compostouro que era um pauzinho [pausa] assim, grandote, [pausa] com um cordão.
e o cordão entrava no outro.
Que aquilo fazia dois cá em cá em baixo
e fazia dois – dois lugares de meter [vocalização] alguma coisa.
Era o pauzinho, bem na ponta, e o cordão da banda de cima.
E aquilo ficava encruzado no meio.
E prendia- punha-se aquilo no, no, na, no t- no tear.
Pre- Pregava-se essa ponta no tear, no órgão de trás.
INF Naquele órgão de cima, naquele naquele último de lá de trás.
E aqui quase que era três pessoas.
Eu cheguei a estar muitas sozinha,
mas [pausa] era três pessoas para para botar as teias.
Era uma atrás, aguentando a teia, esticadinha.
Era outra andando com o órgão –
E era uma adiante com o restelo.
Também não, não Não viu também o restelo?
O restelo é um pau grandote, [vocalização] furado, com com tornos todos, todos, todos, todos, tudo.
Que a gente botava lá, nalguns – era conforme [vocalização] o tamanho da teia.
Nalguns [vocalização] botava-se um cabrestilho inteiro;
noutros botava-se só meio cabrestilho;
Que era para fazer a medida do [vocalização] do pente – não sabe?
E depois era E depois era…
Se o pente estava enfiado, era a- acrescentado de nó, direitinho – os- os de cima e o- e os do pente –, acrescentado de nó.
E se o pente estava despido, era, era enfiar-lhe era enfiar assim um fio, um fio em cada em cada palma.
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