Representação em frases
Gião, excerto 1
Texto: -
INF [vocalização] O linho, quando era, quando depois ia…
e eu também agora estava a dizer que o linho foi fiar,
mas antes ele ainda tinha muito trabalho.
Antes de ser fiado tinha muito trabalho.
Porque antes de vir, depois, antes de ser nada disso assedado nem, nem nem coisa nenhuma, [vocalização] ele ti-, ele ia para tinha de ser cozido.
[pausa] Fazia-se umas barrelas nuns cortiços com cinza
Punha-se [vocalização] ali o [vocalização] aquilo a cozer
Depois chamava-se os burros, que era pôr os, o isso, que era um pau de cada lado,
tinha pernas – o nosso tinha pernas, [pausa] umas pernas e um pau, assim [pausa] coisa –,
e [vocalização] e a gente depois arranjava o tinha de pôr ali o o linho numas canas, muito estendidinho todo, todo, muito estendidinho, todo, todo, e para ir corar.
Ia corar assim naquelas canas.
E depois ele, assim todo naquelas Quando já estava assim meio dobado ou não sei, ia naquelas canas [pausa] corar, para o coradoiro, não é?
noite apanhava-se e ia para os burros.
INF A gente chamava-lhe [pausa] tra- travesso.
INF E para, e, e para se a- Para ir ao outro dia, para ficar direitinhas.
INF Apanhavam-se aquelas canas assim direitinhas
e eles fica- ficava assim aquelas meadas todas, assim aqueles com- comprido assim.
E depois também era cozido no forno.
Eu já não me recordo se ele era cozido…
Era antes Mas ele ia cozer em meadas já.
Depois de fiado de fiado é que se fazia as meadas.
INF As meadas era num sarilho, me parece.
Nós ainda temos para aí um sarilho, lá para cima.
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