Representação em frases
Gião, excerto 14
Texto: -
Como digo, era nessa então nessa altura,
era depois de estar as peças já preparadas, limpas,
tira a gente tirava-lhe o que queria:
queria deixar mais baixinho,
E depois essas peças eram colocadas aqui para para o sal.
Púnhamos umas, umas umas coisas feitas em em cimento,
um [vocalização], umas umas coisinhas fundas – não é? –, feitas em cimento, e elas…
Púnhamos ali camada de coisa,
vinha uma camada muito grande de sal, e isso e tal,
ficavam ali bem calcadas,
bem calcadas, ficavam ali um mês.
[vocalização] Ao fim dum mês é que se levantava essa carne
e ficava e [vocalização] …
E deitava-se então a tal farinha, a tal farinha que eu falei há bocado.
INF Bem Bem untadinhas, untadinhas
e espetava-se-lhe depois um um arame
Depois até até a gente ir comendo.
INF E E os ossos, a gente punha em moura.
Tinha umas talhas de barro, grandes – é das destes que estão ali fora, agora, com as flores –,
e a gente punha ali em moura.
Primeiro estavam salgados também, não é?
ia-se deitando uma camada de de ossos e uma camada de sal, uma camada de ossos e uma camada de sal.
E depois deitava-se-lhe, passado uns dias,
É água água muito salgada, não é?
Que a gente põe [pausa] água nu- numa vasilha, num balde, pronto,
INF num balde, com muito sal,
põe com uma colher de pau, assim,
mexe muito mexidinho, muito mexidinho, até estar em moura.
A gente põe-lhe uma batata, isso, a batata, até nadar.
Quando a batata está a nadar, então a moura está boa para…
Mas uma batata, quase sempre a gente punha uma batata.
A batata está na, na mesmo na superfície,
metia-se dentro do das vasilhas,
INF Ficava ali naquela moura.
INF E depois ia-se tirando conforme se queria.
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