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Gião, excerto 18

LocalidadeGião (Vila do Conde, Porto)
AssuntoA criação de gado
Informante(s) Cosme Cunegundes

Text: -

[1]
INF1 Porque mesmo uma rês…
[2]
Que deu-se várias vezes,
[3]
pois [pausa] semear o milho, a gente semeava também com uma rês [pausa] a puxar o semeador.
[4]
INF2 Sim.
[5]
Ainda antes Antes ainda era puxado à mão.
[6]
Ainda era mesmo semeado…
[7]
INF1 À mão.
[8]
Pois ant– antes era à mão.
[9]
Mas eu estou a referir-me ao meu tempo.
[10]
INF2 Sim.
[11]
INF1 Eu ainda tenho um semeador de puxar à mão,
[12]
mas é daqueles pequeninos .
[13]
INF2 Sei.
[14]
Sei.
[15]
INF1 Ora, acontece que, por vezes, a gente ensinava uma vaca.
[16]
Para não ter depois de ir pegar num boi, e tal.
[17]
Que naquele tempo a gente conservava as vacas também para o trabalho.
[18]
Havia muitas vacas que também trabalhavam.
[19]
[pausa] E a gente, normalmente, para trabalho pesado e tal, era os bois,
[20]
mas às vezes tinha uma junta de vacas que ajudavam ou que iam buscar um carro de mato,
[21]
porque é uma coisa leve e que trazem.
[22]
E então, por vezes, se ensinava uma vaca quando se via que a vaca era mansa e que era bem amanhada e [vocalização] inteligente, e tal.
[23]
A gente adequava uma vaca para semear.

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