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Gião, excerto 34

LocationGião (Vila do Conde, Porto)
SubjectNão aplicável
Informant(s) Cosme Cunegundes
SurveyALEPG
Survey year1993
Interviewer(s)Manuela Barros Ferreira
TranscriptionSandra Pereira
RevisionAna Maria Martins
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationMélanie Pereira
LemmatizationDiana Reis

Text: -


[1]
INF1 Espantalhos.
[2]
INF1 Espantalhos.
[3]
Esses espantalhos põem-se é nas figueiras.
[4]
INF1 É nas figueiras e n- e realmente nas árvores, e tal.
[5]
INF1 No
[6]
trigo costuma pôr-se [pausa] costumava pôr-se mas era uma palma benzida, uma folha de palma benzida.
[7]
INF2 Era.
[8]
INF2 Palmeira.
[9]
Uma palma grande.
[10]
Trazia-se [vocalização] as palmas maiores que pudesse
[11]
que era para ele crescer.
[12]
Quanto maior
[13]
Que era para para crescer.
[14]
INF1 A palma [pausa] Pois.
[15]
A palma que se ia benzer no dia de Ramos, [pausa] na sessão de Ramos, tinha duas coisas por finalidade.
[16]
INF2 No dia de Ramos.
[17]
INF1 Uma era pôr uma palma no trigo em casa punha-se sempre, no tempo da minha mãe ,
[18]
[pausa] e outra era guardar também um bocado duma palma para, quando viesse trovoada, queimar.
[19]
INF2 Nós também.
[20]
Também se punha.
[21]
Trovoada.
[22]
Era, era.
[23]
INF2 Não, não.
[24]
INF1 Não!
[25]
Não.
[26]
Para isso, era um espanta- um, um.
[27]
INF1 Um espantalho.
[28]
INF2 A palma era para
[29]
INF1 Como era o espantalho?
[30]
INF2 Para crescer.
[31]
INF1 A palma no trigo era para abençoar o trigo.
[32]
INF2 E para crescer.
[33]
E também na altura da praga, também.
[34]
INF1 Para crescer?!
[35]
INF2 Para ser uma, uma Para dar uma palma alta.

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