Representação em frases

Covas, excerto 13

LocalidadeCovas (Santa Cruz da Graciosa, Angra do Heroísmo)
AssuntoNão aplicável
Informante(s) Flórido

Texto: -


[1]
INF Aquilo é uma burra.
[2]
A gente trata aquilo é uma burra.
[3]
INF Ah, havia muitas, em tempo!
[4]
Mas deixaram de usar.
[5]
[vocalização] Antigamente, no tempo que me eu criei,
[6]
que eu ainda me lembra de não haver nada disto fora.
[7]
Conhecia era tudo dentro nas casas.
[8]
Mas os ratos, isso estragavam os milhos que era uma coisa de disparate.
[9]
[vocalização] Aqui este Florindo que morreu anos, aqui em cima, o Florindo José, que morava aqui adiante , mandou vir para [pausa] parece-me que dois mestres de São Miguel.
[10]
Vieram-lhe ali fazer
[11]
Para fazer as tais pedras, até mandou vir os mestres de São Miguel,
[12]
que aqui não havia quem fizesse.
[13]
Que eu lhe fazia igual àquilo ou ainda melhor!
[14]
Mas veio aqueles dois mestres de São Miguel para ali fazer essa burra.
[15]
E eles começaram a ver aquilo
[16]
E eu, quero eu dizer que nunca ia a lado nenhum acima.
[17]
Aquilo é tudo cimentado, [vocalização] bem lisinho,
[18]
ficava ali
[19]
que nunca mais ia
[20]
Quando foi estes daqui, começo a ver aquele teatro fora, amanhando para si.
[21]
Estas pedras mesmo, que estão ali naquela burra, eu é que as fiz com a minha mão.
[22]
INF Aquilo não é letra embrulhada,
[23]
que aquilo é para guarnecer.
[24]
Qualquer uma falta que tenha, endireita-se com o cimento e pronto.

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