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Covas, excerto 13
Text: -
A gente trata aquilo é uma burra.
INF Ah, havia muitas, em tempo!
[vocalização] Antigamente, no tempo que me eu criei,
que eu ainda me lembra de não haver nada disto fora.
Conhecia era tudo dentro nas casas.
Mas os ratos, isso estragavam os milhos que era uma coisa de disparate.
[vocalização] Aqui este Florindo – que já morreu há anos, aqui em cima, o Florindo José, que morava aqui adiante –, mandou vir para cá [pausa] parece-me que dois mestres de São Miguel.
Para fazer as tais pedras, até mandou vir os mestres de São Miguel,
que aqui não havia quem fizesse.
Que eu lhe fazia igual àquilo ou ainda melhor!
Mas veio aqueles dois mestres de São Miguel para ali fazer essa burra.
E eles começaram a ver aquilo…
E eu, quero eu dizer que nunca lá ia a lado nenhum acima.
Aquilo é tudo cimentado, [vocalização] bem lisinho,
Quando foi estes daqui, começo a ver aquele teatro aí fora, amanhando para si.
Estas pedras mesmo, que estão ali naquela burra, eu é que as fiz com a minha mão.
INF Aquilo não é letra embrulhada,
que aquilo é para guarnecer.
Qualquer uma falta que tenha, endireita-se com o cimento e pronto.
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