Representação em frases
Carapacho, excerto 29
Texto: -
INF O porco é pendurado é [vocalização] é por cima, pela cabeça.
E um tio do meu marido, morava na [vocalização] no Pinheiro.
Eu então nunca tinha visto!
Mas já vi lá não sei onde foi, noutro lugar.
O porco era pendurado era pelas pernas com a cabeça virada para baixo.
E a gente enfeitava com ramos.
Ah, mas era quando eu era solteira.
INF Ai, em tempo, a gente punha atrás dos nossos quadros era [vocalização] palmitos.
[pausa] Agora já a gente se deixou-se disso.
a gente bota assim nos ouvidos, [vocalização] e o véu assim nas mãos do porco.
E ele [vocalização] E é assim.
E eu metia-lhe uns junquilhinhos e umas coisas por lá abaixo, no véu.
E há pessoas que tiram retratos para mandar para a América.
Eu já não tenho pachorra.
A gente aí nos meus anos já não tem pachorra!
Risos A senhora esteve aí…
INF Era ele [vocalização] Era a gente.
E [vocalização] eu morava…
Eu moro aqui há nove anos.
E depois eu era rapariga solteira
e tinha minha cunhada e aleijadinha – não era muito parladeira.
E eu [vocalização] tinha minha madrinha, que era uma irmã de meu pai.
Tinha [vocalização] Tinha assim pessoas amigas que vinham nos dias de matança.
Mas já [pausa] isso vai-se acabando
e já as minhas famílias morreram,
Só tenho o meu homem e o meu filho e a minha nora e os meus netos.
E é o meu irmão que lá há a morar na Terceira e que tem estado já há dezoito anos na América.
Veio agora para a Terceira há um ano.
Veio até aqui para minha casa.
E [vocalização] E é um afilhado que é filho do meu irmão.
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