Representação em frases
Carapacho, excerto 39
Texto: -
INF1 Antigamente quando eram os serões do Senhor Espírito Santo, ninguém tinha o Senhor Espírito Santo sem rezar o terço.
[pausa] Homem, em voz alta!
E depois rezavam o terço ao Senhor Espírito Santo.
E depois havia então jogos.
[pausa] Pessoal que estava ali, [pausa] organizavam jogos.
Havia vários jogos: o [vocalização] um jogo que era o sapato, o [vocalização] jogo das plantas, o jogo da o jogo da farmácia, que é muito interessante.
INF2 E aquele da farmácia era muito interessante, também.
INF1 É o jogo da farmácia, [pausa] que davam depois os bolos.
INF1 E [vocalização] E esse da, da f- da farmácia, já vê, a pessoa toda é que diziam as drogas, o nome das drogas.
[pausa] Era mui-, era [vocalização] Era bem engraçado!
E tinha um outro que era do [vocalização] dos [pausa] cereais: milho…
e era milho, feijão, trigo, centeio…
Estas coisas também iam dizendo.
[pausa] Era "o que rói o gado":
o trigo dizia: "Não rói, não".
O milho respondia logo: "Não rói, não".
INF2 Mas tinha que ser muito rápido,
senão apanhava com um sapato.
INF1 E o outro E o outro, o que andava a jogar, para mim: "Onde rói"?
Eu lá dizia: "Ele rói" [vocalização] – enfim, ou no feijão ou ele…
Íamos dizendo, mudando sempre uns para os outros.
Isso era "o que rói o gado".
INF1 E [vocalização] E vários dizeres que então já assim não me não me recordo muito.
Mas passava-se então um serão muito engraçado!
INF2 E o que tinha o anel.
E, e [vocalização] E depois então também em casas particulares, antigamente, usava-se muito nestas noites de Inverno bocadinhos de serão que se fazia [vocalização] eram uns a jogar às cartas, e outras pessoas mais antigas a dizer às que eram mais novas [vocalização] adivinhas.
[pausa] Adivinhas, contar contos…
INF1 Ele alguma adivinha eu ainda me lembro.
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