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Granjal, excerto 19

LocationGranjal (Sernancelhe, Viseu)
SubjectO corpo humano
Informant(s) Ercília Elina
SurveyALEPG
Survey year1978
Interviewer(s)Manuela Barros Ferreira
TranscriptionSandra Pereira
RevisionErnestina Carrilho
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationMárcia Bolrinha
LemmatizationDiana Reis

Text: -


[1]
INF1 Depois andámos em jejuns até agora.
[2]
Agora fizemos uma sopinha
[3]
e eu cozi umas batatinhas,
[4]
comemos.
[5]
Ele deitou-se
[6]
e eu olhe, é assim, oh.
[7]
Eu não gosto de me deitar de dia.
[8]
Fico chateada.
[9]
INF1 Fico, fico.
[10]
Em dormindo de dia, fico aborrecida todo o dia.
[11]
Não gosto de dormir de dia.
[12]
Nunca gostei de dormir de dia.
[13]
INF2 ?
[14]
INF1 Nunca gostei de dormir de dia.
[15]
INF2 Ah, eu às vezes também me dur- deito de dia,
[16]
mas depois, parece-me que me levanto,
[17]
parece que
[18]
INF1 Pois, mole, não é?
[19]
INF1 Diga, minha senhora.
[20]
INF1 É sim.
[21]
INF1 É cego duma vista.
[22]
A gente diz: "É cego duma vista".
[23]
Tem uma vista,
[24]
é cego duma vista.
[25]
INF1 Para a gente não ter perigo, para a gente não ficar cega, nem nem ter trabalhos.
[26]
INF1 É fraca da vista.
[27]
INF1 A olhar para mim.
[28]
INF1 É as orelhas.
[29]
INF1 Para pôr os brincos e para.
[30]
E os ouvidos para a gente ouvir.

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