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Granjal, excerto 28

LocalidadeGranjal (Sernancelhe, Viseu)
AssuntoA religião e as superstições
Informante(s) Ercília Emanuel Elina

Text: -


[1]
INF1 Ele morreu em casa do re-, do, do do lavrador.
[2]
INF2 Ele morreu em casa do lavrador.
[3]
INF1 Nem comeu,
[4]
nem bebeu,
[5]
nem dormiu, que esteve toda a noite a gemer,
[6]
e morreu
[7]
e ficou pregado na cruz de prata fina.
[8]
INF2 Mas foi o lavrador que
[9]
INF1 E foi com o lavrador.
[10]
O lavrador é que o levou para casa.
[11]
INF3 Essa é outra.
[12]
INF1 Tratou-o de tudo quanto era bom.
[13]
INF3 Mas a outra
[14]
INF1 De tudo.
[15]
INF3 A outra de-, de- mandou-o deitar na loja.
[16]
INF2 Pois.
[17]
INF3 Num poço de óleo.
[18]
Botaram-lhe a grade por cima, que é uma grade de gradearem os lavradores
[19]
INF1 Pois.
[20]
INF3 Ainda tenho do meu Epaminondas.
[21]
na loja.
[22]
INF1 Inda tem a Ainda tem a grade,
[23]
tu!
[24]
INF3 Depois
[25]
INF1 que anos ele morreu!
[26]
INF3 Pega
[27]
INF1 É verdade.
[28]
INF3 E uma faixa de palha, e umas poucas de roupa, e assim.
[29]
E aquele
[30]
por Deus!
[31]
Pois.
[32]
INF1 Pois.
[33]
INF2 E ele se quisesse não ia .
[34]
INF1 Mas Mas o lavrador foi tudo quanto era bom!
[35]
INF3 Ah!
[36]
Mas aquele foi para a loja.
[37]
Era pobre, coitadinho.
[38]
INF2 Era ela que era !
[39]
As mulheres são sempre ruins, homem!
[40]
INF3 E ele, e ele Ele tinha mais poderes do que do que os outros, era?
[41]
?

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