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Granjal, excerto 45

LocationGranjal (Sernancelhe, Viseu)
SubjectA alimentação
Informant(s) Ercília Emanuel Elina
SurveyALEPG
Survey year1978
Interviewer(s)Manuela Barros Ferreira
TranscriptionSandra Pereira
RevisionErnestina Carrilho
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationMárcia Bolrinha
LemmatizationMárcia Bolrinha

Text: -


[1]
INF1 Diga minha senhora.
[2]
INF Ó minha senhora, o que calha, olhe, o que a gente pode.
[3]
A gente come a batatinha,
[4]
come comemos feijão,
[5]
come a hortaliça,
[6]
co- faz um bocado de arroz com tomate ou sem tomate, umas vezes com carne, outras vezes sem carne, a ma- a massa.
[7]
[vocalização] Isto tudo que houver assim de cereais, a gente come.
[8]
Um coelhinho.
[9]
INF2 Um coelhinho, uma galinhinha.
[10]
INF1 Um franguinho.
[11]
Não, galinhas é muito raro.
[12]
Agora nem galinhas.
[13]
Aqui tempos morreu tudo para ,
[14]
a gente
[15]
INF3 Antes ninguém comia frango.
[16]
INF1 [vocalização] Em tempo, ninguém comia nada disso.
[17]
Agora comem.
[18]
Agora come-se bem, minha senhora.
[19]
Agora em todo o lado não fome, minha senhora.
[20]
Não fome!
[21]
Qualquer um pobre vai buscar um frango
[22]
e come.
[23]
Eu é que não sou amiga de frango.
[24]
Não sou amiga de frango.
[25]
Dondes que tive a pneumonia aborreci frango.
[26]
Aborreci [vocalização] que que nem sei.
[27]
E [vocalização] E um bocadinho
[28]
O O bacalhauzinho é pouco.
[29]
INF2 Então, deixa-te estar por , sim?
[30]
Eu vou-me embora.
[31]
INF1 Então vai , vai.
[32]
O bacalhauzinho pouco.

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